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10 razões para escrever para crianças,

segundo Isaac Bashevis Singer

Isaac Bashevis Singer (Leoncin, 21 de novembro de 1902 — Miami, 24 de julho de 1991) foi um escritor judeu americano. Nasceu na Polónia, mas viveu muitos anos nos Estados Unidos, onde escreveu e publicou sua obra.


A obra de Singer ocupa posição destacada na literatura mundial e o escritor, reconhecido pela Academia Sueca com o Nobel de Literatura de 1978, faz parte daquele conjunto relevante de escritores que fizeram da literatura uma forma de representar a vida, o mundo, a sociedade e o ser humano.

Singer, filho e neto de rabinos hassídicos, emigrou para Nova York em 1935, construiu um universo ficcional que remete continuamente à infância e à adolescência vividas na Europa e à atmosfera de intensa religiosidade em que foi educado, donde vêm os elementos predominantes de seu estilo.

Os seus contos, escritos de maneira simples, sem grandes sofisticações, revelam, no entanto, grande capacidade criativa e penetração crítica.

Em Portugal, encontram-se publicados os seguintes títulos: Satã em Gorai (Ulisseia, 2011); Inimigos: uma História de Amor (Dom Quixote, 1ª edição: 1990; 2ª edição: 2003); Yentl (Livros de Bolso Europa-América)

Tenho mais de 500 razões para escrever para crianças, mas com o fito de poupar tempo, enumerarei apenas 10.


1. As crianças leem livros e não críticas de livros. Os críticos não lhes servem para nada.

2. As crianças não leem para encontrar a sua identidade.

3. As crianças não leem para libertar-se do complexo de culpa, parta satisfazer a sua ânsia de rebelião nem para desfazer-se do sentimento de alienação.

4. As crianças não usam a psicologia.

5. As crianças tramam a sociologia.

6. As crianças não tentam compreender Kafka.

7. As crianças continuam a acreditar no bem, na família, nos anjos, nos demónios, nas bruxas, nos diabos burlões, na lógica, na clareza, nos sinais de pontuação e em outras coisas compreensíveis.

8. As crianças gostam de ler relatos interessantes e não comentários, nem guias ou notas que acompanham os textos.

9. Quando um livro é aborrecido, bocejam abertamente sem sentimentos de culpa ou temor à autoridade.

10. As crianças não esperam que o seu escritor preferido salve a humanidade. Por muito jovens que sejam, já compreenderam que ele não está em condições de o fazer. Apenas os adultos têm ilusões tão infantis.


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