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Muita gente me pergunta: por que é tão difícil publicar um livro?
E a resposta não é fácil de encontrar, porque há muitas e distintas circunstâncias pela quais um manuscrito não é aceite.
Porém, é possível aumentar de modo significativo as possibilidades de que um manuscito seja aceite por uma editora.
Estas cinco dicas, nascidas da minha experiência como editor e como autor, vão aumentar as possibilidades de que, pelos menos, o teu manuscrito seja lido e publicado.
Qual o tipo e tema do meu livro?
Esta é a primeira pergunta que tens de fazer a ti mesmo(a).
A escolha do tipo de livro determina o tema ou assunto, o método de trabalho, os aspetos a ter em conta.
Não se escreve do mesmo modo um livro didático ou um livro literário, nem um livro para adultos ou para crianças, nem um livro de crónicas ou um livro científico. Cada género ou tipo de livro tem, habitualmente, algumas normas que lhe são próprias e que deves (ou não) respeitar.
Escolhido o tipo/género de livro e o assunto, torna-se necessário fazeres uma pesquisa de conteúdos para verificares se o tema ou assunto do teu livro é muito ou pouco tratado. No caso de ser um tema com muitas publicações (e caso mantenhas a decisão de o escrever), a pesquisa permite-te concluir sobre o que, no teu livro, terá de ser original e como o vais fazer...
Escolhido o tipo de livro e o tema e, realizada a necessária pesquisa de conteúdo, tens de estabelecer um prazo para a conclusão do teu livro.
É muito poderoso e motivador ter, no ponto de partida, os objetivos definidos. E o objetivo maior é o de concluir o processo de escrita (e edição) do teu livro.
Se o teu objetivo é escrever e publicar um livro, tens de ter um plano de ação para o concretizar.
Um bom plano de escrita deve contemplar os seguintes aspetos:
Objetivo (geral) a ser alcançando com este plano (escrita do livro até x dia)
Tens o manuscrito redigido… agora torna-o legível…
Cuida do layout do teu original – Poucas coisas são tão irritantes para um editor como receber um manuscrito com grande potencial, mas ilegível ou desagradável de ler.
A formatação é tão importante quanto o layout. É isso que permite ao leitor do teu trabalho, o editor, apreciar a experiência da leitura. Lembra-te de que o editor tem vários manuscritos para avaliar. Para que ele passe mais tempo com o teu, este tem de ser melhor em todos os sentidos: forma e substância.
Se há algo que deves considerar antes de enviares o original é o conteúdo. Por isso, deves: remover todos os erros ortográficos, gramaticais e de pontuação; identificar as gralhas; rastrear as repetições de palavras, etc.
O formato – Envia o teu original por e-mail (também pela preservação do meio ambiente). Não envies nada impresso. No site da editora, habitualmente, há normas para envio de manuscritos. Segue-as à risca!
As editoras recebem diariamente muitos manuscritos. Por vezes, a seleção torna-se um processo fácil porque os manuscritos recebidos não se adequam à política ou perfil editorial. Efetivamente, há editoras com perfis muito específicos (por exemplo, só editam ensaio ou poesia) e editoras generalistas.
Assim, antes de enviares o teu manuscrito para uma editora, tem em conta os seguintes aspetos:
Tenta perceber com que outros livros o teu manuscrito vai competir…
Considerados os aspetos anteriores, o que tens de fazer é enviar a tua proposta de edição a uma editora.
Da tua proposta devem fazer parte, obrigatoriamente os seguintes documentos:
Carta/e-mail de apresentação
Antes de ler o teu manuscrito, o editor vai ler a carta /e-mail que lhe enviaste. Nela, o editar vai perceber se escreves bem, cuidadamente, ou não, e de que fala o teu livro. Esta carta/e-mail é o primeiro contacto que o editor tem com a tua proposta. O objetivo desta carta/e-mail é convencer o editor a passar ao documento seguinte: o briefing.
O briefing é um documento, escrito ou em vídeo, em que terás de:
convencer o editor de que o teu manuscrito vale a pena ser editado
E não te esqueças, claro, de anexar o teu manuscrito.
Seguir estes aspetos não garante que o teu original seja publicado, mas aumenta, seguramente, as hipóteses de que, pelo menos, seja lido e, provavelmente, recebas uma resposta!
Na eventualidade de receberes uma resposta afirmativa, cuida e acerta os detalhes de edição com o editor, analisa bem a proposta de contrato, garante os teus direitos de autor.
O contrato de publicação deve ser sempre formalizado por escrito (caso contrário, será nulo e sem efeito) e deve incluir:
O trabalho com o teu livro não termina com a sua publicação. Leva a sério o trabalho de promoção do teu livro. Aceita as sugestões do editor e apresenta / propõe as tuas…
Independentemente do que acertes com a editora, há coisas que tu deves fazer pelo teu livro (mesmo antes dele ser publicado), tais como:
Depois, deves, em parceria com a editora, trabalhar no sentido de:
Em conclusão: se seguires estes passos e nada acontecer, tens de saber e acreditar que no processo de edição há muitas variáveis e nem sempre são óbvias e lineares.
Além disso, lembra-te de casos como os de Stephen King, cujo romance Carrie foi rejeitado 30 vezes, ou de J. K. Rowling, cujo Harry Potter e a Pedra Filosofal só foi editado à 13.ª tentativa.
Desenvolve, portanto, um espírito resiliente, persevera, esforça-te e sê paciente!
JMR
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