Já paraste para pensar como surgiu o livro que estás a ler? O formato, as páginas ou, até mesmo, o material de que é feito? É evidente que, atualmente, as obras são produzidas em grande número e que são formatadas em computador, mas como era o livro antes das novas tecnologias?

Apesar da escrita ter surgido há milhares de anos, a história do livro apenas começa no Antigo Egito. Isto porque, antes de surgir o papiro, escrevia-se em placas de argila, mas muitos estudiosos consideram o caráter portátil do livro é uma das suas principais caraterísticas. Assim, como transportar uma grande pedra de argila se torna pouco prático, os primeiros documentos conhecidos como “livro” são em formato de papiro – que podia atingir os vinte metros em rolo.

Depois do papiro – produzido através de uma planta –, surgiu o pergaminhofeito de couro dos animais. Tal como o papiro, este material era essencialmente utilizado para textos oficiais e religiosos, com a grande diferença de que o pergaminho era um material mais resistente e, por isso, teve uma grande importância no que toca à preservação dos textos da Antiguidade. Em comparação com o papiro, o pergaminho era considerado uma grande evolução, uma vez que com este material se podia escrever na frente e no verso e era mais fácil de manusear e de unir. Isto é, as “folhas” do pergaminho eram coladas lado a lado e fixadas com bastões nas extremidades – depois o leitor enrolava e desenrolava enquanto lia.

A tentativa de organizar o livro por páginas já era evidente no pergaminho, mas o formato pouco funcional fez com que o povo grego inventasse o códice (códex) e os romanos o aperfeiçoassem: as folhas de pergaminho eram costuradas umas às outras na sua extremidade e a “capa” era feita de madeira. Este aspeto é o que conhecemos até hoje, apesar de pequenas mudanças.

A evolução do livro continuava a dar que falar na Idade Média com o aparecimento das margens, da pontuação, da letra maiúscula e, principalmente, da substituição definitiva do pergaminho por papel (este já tinha surgido há dezenas de anos no Oriente, mas só neste período é que ficou mais conhecido). Apesar disso, o que se destaca nesta época são os copistas que, tal como o nome indica, dedicavam-se a copiar obras integrais dezenas de vezes. Já no fim desta época, surge a invenção que iria revolucionar a cultura para sempre: a imprensa de Gutenberg.

Após a constante evolução em tipografias, tecnologias, técnicas e materiais utilizados (como o papel, as tintas e os tipos), no século XX a cultura do livro foi um pouco ofuscada com a invenção da rádio, da televisão e do cinema. Neste século, surgiram também as fotocopiadoras, os computadores – que ajudaram (ainda mais) a divulgação do livro –, o copyright e o ISBN(que vieram legislar as obras literárias e concederam direitos aos seus autores). Por esta data, a sociedade já está totalmente ambientada ao livro e as técnicas para o produzir já estavam completamente desenvolvidas.

Apesar disso, com o progresso oferecido pela internet, o livro adapta-se às novas tecnologias e surge o ebook no fim do século XX. Com o progresso que este produto significava, as empresas começaram a apostar mais na tecnologia, julgando que o livro digital iria mudar o rumo da história, mas prova-se à indústria que o livro físico ia ficar na sociedade por muitos anos – até aos dias de hoje. Por fim, não devemos esquecer também o audiobookque, apesar de ser um conceito relativamente novo, a ideia surgiu nos anos 30 – onde o objetivo era permitir aos invisuais ter acesso à literatura.

Desde o papiro até aos dias de hoje, o livro não tem parado de evoluir, representando sempre uma ferramenta essencial para várias áreas do conhecimento e do lazer. É através do livro que podemos aprender, conhecer novas culturas e, até mesmo, viver centenas de históriassem sair do lugar! A invenção do livro foi, de facto, um grande passo para a Humanidade!

Gostavas de saber mais sobre a história do livro?

Confere as seguintes curiosidades: