Nesta história, contada por uma mãe ao seu filho, viajámos a uma aldeia algures no tempo, e conhecemos um homem que irá despertar a curiosidade dos leitores.

Apesar da ausência de "bruxas de garras afiadas, princesas doces, dragões que deitam fumo pela boca, girafas voadoras, monstros assustadores, corujas escritoras, lobos famintos nem joaninhas bombeiras", como a própria contadora afirma, esta obra não deixa de ser mágica. O seu encanto encontra-se nas lições que ensina e, principalmente, na íntima relação entre a mãe e o seu filho. Estes dois personagens interagem com muito amor, carinho e compreensão, proporcionando um momento de leitura agradável e aconchegante, como o abraço de uma mãe.

Rui Castro, com as suas imagens tão características, vai ilustrando esta história através de cores, texturas e formatos diversificados. Apesar da dupla mãe-filho ser o elemento central em quase todas as páginas, estas nunca parecem monótonas, pelo contrário, conseguimos ver toda a história a fluir, colorida e divertida, das suas cabeças, com elementos e pequenos detalhes que tornam tudo mais especial (prestem atenção, por exemplo, às bochechas da mãe à medida que a história avança).

Assim, esta obra apresenta-se como uma leitura única, que poderá ser apreciada por crianças a partir dos 6 anos, mas também pelos adultos que gostam de contar histórias aos mais novos.